Ao confirmar o brilho nos olhos com que as crianças ouvem e
replicam um palavrão (não importa verdadeiramente qual), alimentando-lhes a
imaginação e a vontade de participar, imagino um sistema de ensino que
apostasse na transmissão de conhecimentos (na matemática, na língua portuguesa,
etc) através do uso abundante de palavrões. E antecipo as vantagens, aliás
evidentes: 1) despertar um interesse inaudito por estas matérias; 2) possivelmente,
desmistificar o recurso às palavras proibidas, consabidamente as mais
apetecidas, esvaziando grande parte do seu interesse (a médio prazo, este
efeito teria um impacto negativo sobre o primeiro, altura em que teria de se
repensar o presente modelo); 3) evitar o embaraço académico por decisões motivadas,
na melhor das hipóteses, pelo pudor causado por um palavrão.
3.11.14
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