16.1.15
13.1.15
Diz-me com quem andas, dir-te-ei se sabes fazer consensos (viva a hipocrisia)
Consensos com quem nos é próximo ou tem as mesmas ideias que nós é fácil. O difícil é saber quando dar as mãos a quem nos é estranho ou mesmo a quem defende ideias que nos repugnam. Vir denunciar que, entre quem deu as mãos, há quem as tenha sujas, é esquecer que a paz e tantos avanços pelos direitos humanos foram conseguidos com apertos de mão a que muitos chamariam hipócritas.
Liberdade
Segundo o Guardian, muitos jornais publicaram nos respetivos sites a capa de hoje do Charlie Hebdo. Na Europa, fizeram-no o Libération, o Le Monde, o Frankfurter Allgemeine. O Guardian publicou-o, com o aviso de que continha imagens que podiam ser consideradas ofensivas por algumas pessoas. Nos Estados Unidos, foi publicado pelo Washington Post, USA Today, LA Times e Wall Street Journal. O New York Times optou por não o fazer.
12.1.15
11.1.15
9.1.15
Governo confronta, finalmente, bruxelas e berlim pela insana política de austeridade
8.1.15
Somos mesmo hoje charlies e não há nisso qualquer problema. Antes pelo contrário
Mesmo no plano individual, dá que pensar a forma como reagimos ao que se passou com o charlie hebdo. Vejo que há quem pense (e pensar é
bom) que é fácil pretendermos ser hoje todos charlie, quando não o fomos no
passado, quando criticámos os cartoons, quando não se achou graça ao humor da
revista, quando se aconselhou moderação (ver este texto no open democracy). Não faço parte deste
grupo. Achei muitas vezes graça. Não me choquei nem sugeri contenção. Mas isso é absolutamente indiferente.
Somos todos charlie (e penso que todos somos mesmo uma esmagadora maioria). Por
defendermos que as diferenças de opinião se resolvem ou pela democrática tolerância (o que
não impede naturalmente a crítica), ou pelos não menos democráticos tribunais,
quando se considere ter havido violação da lei. Não há terceiras vias. As que instigam no outro o medo (de falar, de pensar), caminho que mostramos recusar com este gesto. É isso
que faz de nós, hoje, charlies. Não precisamos de ter sido no passado. É,
aliás, mesmo essa a ideia.
adenda: faltou acrescentar aqui a vidÊncia sublinhada por badinter: "Ces journalistes-là sont morts pour nous, pour nos libertés qu’ils ont toujours défendues. Sachons nous en souvenir."
adenda: faltou acrescentar aqui a vidÊncia sublinhada por badinter: "Ces journalistes-là sont morts pour nous, pour nos libertés qu’ils ont toujours défendues. Sachons nous en souvenir."
7.1.15
É um dia triste - como me lembro de poucos - para a Europa. Na Europa, gosto de pensar. Triste porque morreram pessoas inocentemente. Mas morrem todos os dias pessoas inocentes. Triste, sobretudo, porque me sinto menos livre. Porque ficámos menos livres. Por causa do medo. Que se disfarça sob vários argumentos mas é o medo. Agora, é lutar contra isto. E não deixar que os nossos filhos percebam que nos podem calar quando nos intimidam. Isto entranha-se como poucas coisas.
6.1.15
O congresso, a igreja dos representantes americanos
O papel
da religão na política americana nem sempre é fácil de entender para um europeu
(não falo, bem entendido, dessa nova religião, o austeritarismo). Sabemo-lo. Mas
nem por isso este quadro deixa de impressionar.
Existem
20% de adultos que não se revêm em nenhuma religião. Mas apenas 0,2% dos membros
do congresso. Apenas um membro, a demomcrata Kyrsten
Sinema, D-Ariz.
E, nas últimas cinco décadas, apenas um membro do congresso declarou ser ateu, ou
seja, que não acreditava em deus ou num ser superior, o democrata Pete Stark,
D-Calif.
Meu deus!
Mais
sobre o estudo aqui.
5.1.15
Arte da fotografia
Sou quotidianamente surpreendido pelo irritante número de pessoas com talento para a fotografia. Bonitos enquadramentos, de paisagens, de lugares e de pessoas. Sou um desastre neste domínio. Ângulos errados, enquadramentos desastrosos, luz coiso e não raro a sombra de um dedo. Em geral, faltam-me todos os atributos que fazem da esmagadora maioria das pessoas que me rodeia fotógrafos, no mínimo, bastante competentes. Começo a achar.que tenho um raro talento. O de conseguir, mesmo nos momentos menos prováveis, tirar a má fotografia. Não vejo porque não possa ser considerado uma arte.
Parece um dilema mas não é
O Pingo Doce voltou a aceitar pagamentos por multibanco
abaixo dos 20 euros, informam alguns órgãos de comunicação social. Informam? "Informam".
Publicitam. Tal como poderiam fazer em relação aos saldos do ikea, à política
de cheques visados da zara ou às vantagens do cartão cliente da fnac. Não deixa de ser interessante
ver que órgãos de comunicação social dão a "notícia".
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