14.11.15
Sem palavras
Nenhuma palavra, nenhuma frase, parece capaz de traduzir fielmente o que vai cá dentro. Nem as palavras dos outros. Nem estas, por mais que sejam as minhas. Porque nem sempre as palavras o conseguem fazer. Mas, sobretudo (acho que é sobretudo), não sendo a primeira vez que o horror acontece, lamentá-lo nos mesmos termos em que o fizemos da última vez tem o estranho sabor da banalização. Somos todos parisiences, franceses, humanos. Mas sinto que devíamos ser mais, muito mais, embora, provavelmente, não haja mais nada para ser. E isto também dói.
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