28.6.24

Treino

Li recentemente dois livros da Elizabeth Strout. Aproveito para divulgar, pois não é todos os dias que me posso gabar de ler livros, mesmo que pequenos. Num deles, a personagem de Strout, Lucy Barton, diz que percebeu que a relação com o namorado estava condenada desde o momento em que fez um comentário que a irritou. Não foi exatamente assim, mas foi parecido. Sou muito sensível a estas irritações determinantes. Pela minha parte, adoro olhar-me ao espelho e ver um modelo de compreensão e tolerância. Mas, não raro, basta um comentário, um pequeno gesto ou observação casual para retirar ilações que gravo, sem apelo nem agravo (gravo... sem agravo...) na pele dos meus interlocutores. Também faço isto com amigos e conhecidos. Sendo, por isso, fundamental seguir a máxima de Franzen, que, muito apropriadamente, o Público publicou (o público publicou...) ontem. Confio que os meus amigos e conhecidos também leiam o Público.


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