24.2.12
Ainda sobre o carnaval
Acho engraçado
22.2.12
Já isto é, infelizmente, muito sério
21.2.12
Isto é, parece-me, filosoficamente evidente
Em bom rigor, dizer-se que “não se pode falar de interferência da tutela” autoriza - embora, jornalisticamente, não devesse - um “não descarta interferência”, pois este admite ainda a possibilidade de esta não ter existido. Já retirar o contrário, como fez a TSF, considerando descartada a interferência a partir da não possibilidade de esta poder ser afirmada é que não é admissível. Precisamente porque conclui algo de definitivo a partir de uma declaração que não o admite.
TSF é fixe mas título claramente abusivo ("descartar interferência da tutela" muito diferente de “não poder falar de interferência”)
Diria antes que a confirmação que o programa “Este Tempo” acabou por causa da crónica de Rosa Mendes não descarta enorme preocupação quanto ao futuro da nossa liberdade de imprensa/informação.
Publicado hoje às 16:41
Ricardo Alexandre está a ser ouvido na Comissão de Ética.
«O ex-diretor de informação, João Barreiros, disse-me que tinha sido por causa da crónica do Pedro Rosa Mendes sobre Angola», disse hoje Ricardo Alexandre, na Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, na Assmebleia da República, sobre a suspensão do programa "Este Tempo", emitido na Antena 1.
Na crónica em causa, o jornalista Pedro Rosa Mendes lançou fortes críticas ao programa da RTP 1 "Reencontro", emitido no dia 16 de janeiro a partir de Luanda, e que contou com a presença, entre outros, do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e do chefe da Casa Civil da Presidência angolana, Carlos Maria Feijó, para além de empresários de grandes empresas portuguesas.
19.2.12
Dar o baile
13.2.12
Muito provavelmente, a maior heresia que já admiti publicamente
Ficar-me-ia por aqui, não fosse uma pessoa parva, extremamente parva, com inclinação para o ultra-acessório e para o insignificante. Aqui vai: Soares não sabe pôr vírgulas. Exagero: volta e meia, não sabe pôr vírgulas (tenho provas: as folhas dobradas). De uma estranha forma, sinto que isto de criticar um dos grandes, o maior deles todos, ainda por cima por causa de uma coisa tão parva, tem qualquer coisa de extremamente republicano (e porventura de doentio, também). Viva a liberdade. A igualdade. E, já agora, a outra também.
Pó dos Livros
No outro dia – é como quem diz –, dei conta aqui da dificuldade em encontrar este livro. Após longa espera, e duas tentativas frustradas de encomendá-lo, tive de recorrer a medidas extremas. Um mail. Para uma livraria. Sim, leram bem. Livraria. A manifestar o interesse na obra e que se a encontrassem (em primeira ou segunda mão), estaria, naturalmente, interessado. Após menos de 24 horas. Sim, leram bem, menos de 24 horas, responderam ao mail a dizer que… já o tinham. E vivemos felizes para sempre.
Nota do postador: qualquer semelhança entre a primeira pessoa e a minha própria é mera coincidência (exceto o estar mesmo há anos triste, triste por não ter este livro). Na realidade, quem diligenciou. Sim, leram bem. Diligenciou. Para que tudo acontecesse foi a minha terceira pessoa, a quem dedico, assim, um espetacular obrigado.
10.2.12
Indignações seletivas
Volta e meia, uma parte da indignação comentativa dirige-se para desprezar os percursos profissionais daqueles que, como Passos Coelho, Sócrates ou António José Seguro, só terminaram tardiamente os seus cursos superiores, optando pelo caminho por preferir a atividade política.
Este é apenas mais um dos sintomas desta tragédia nacional (não hiperbolo) que é o preconceito, mais ou menos consciente, contra os que fazem política.
São muitas as atividades que são propensas a desviar as pessoas dos seus percursos universitários: na música, no jornalismo, no showbuiz (eheh), etc.. Nestas atividades, não raro as pessoas singram e são ajudadas mercê de contactos privilegiados no meio. Serão as barreiras da meritocracia num país tão pequeno. Não sei. O que sei é que nada distingue estas situações da dos políticos que atrasam os estudos, que conseguem lugares em empresas, fruto dos conhecimentos oriundos da política.
A política não serve para isto e deve haver um controlo sobre a promiscuidade que o exercício de cargos públicos pode propiciar.
Mas, a meu ver, a este propósito - e descontando esta última questão da promiscuidade -, não existe nada de específico na política que não ocorra em tantas outras atividades. O mais das vezes, o que emerge nestas denúncias é preconceito contra os políticos e uma dose indisfarçável de elitismo (os bons alunos tiram os seus bons cursos na altura certa).
Subserviência
9.2.12
O cão que mordeu o homem
Titula o Público que “Jornal estatal angolano rejeita Acordo Ortográfico”. Ora, sendo Angola um dos países que, a par de Moçambique, ainda não ratificou o acordo ortográfico, a verdadeira notícia não seria, em rigor, se fosse ao contrário e o Acordo adotado?
8.2.12
Uma imagem que vale mil imagens
6.2.12
Damn! (Ben Gazzara - 1930-2012)
3.2.12
Onde andas tu, Bona?
O polvo unido jamais será vencido
- Hã?
- Sim, polvo peixe e polvo de nós, das pessoas que estão lá fora, de toda a gente.
- Ahhhh.