28.5.13

Defesa de Marinho Pinto

Até agora consegui, sem verdadeira intenção, não ouvir qualquer declaração do bastonário da ordem dos advogados sobre a co-adoção de crianças por casais gay (é um talento meu. sem qualquer esforço, consigo que uma quantidade apreciável de coisas me passem ao lado. também ajuda quase nunca ligar a televisão). Mas, pelo que vou lendo nas redes sociais, o que diz é triste e nada recomendável. Custa-me que assim seja. Que venha desta forma parecer dar razão a tantos os que apenas viram, nas suas intervenções ao longo dos seus dois mandatos, um foguetório de opiniões mal sustentadas. Mas não dá (a razão). Marinho Pinto, no estilo que é dele, teve muitas vezes a coragem de apontar o dedo (e a mão e o braço) à nudez do reis. Os reis da justiça, dos tribunais, dos media, do poder. Não sei se foi um bom bastonário para os advogados. Mas considero que, em muitas ocasiões, prestou um bom serviço à justiça e contribuiu para a defesa de uma democracia melhor para os cidadãos. And then again, isto também deveria regozijar os advogados.

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