O Partido Socialista tem esta coisa engraçada. Por um lado,
a Ciência Política coloca-o entre os partidos sociais-democratas mais ao centro
do espectro ideológico, em comparação com os seus congéneres europeus. Por
outro lado, assumiu as principais bandeiras políticas do Bloco de Esquerda (um
partido da esquerda radical), sendo o responsável pela sua aprovação.
Repito, assumiu as principais bandeiras
políticas do Bloco de Esquerda (um
partido da esquerda radical), sendo o responsável pela sua
aprovação. É o caso da descriminalização do aborto, da descriminalização do
consumo de drogas, bem como do casamento gay. Não se trata de uma contradição
nos seus próprios termos (pois os termos são mais abrangentes do que os
referidos) mas não deixa de ser algo contraditória a relativa insignificância das
principais (repito: principais) bandeiras que ajudaram a construir a identidade
de um partido da esquerda radical no posicionamento ideológico do PS. E nem
falo (repito, nem falo) de bandeiras mais pequeninas como a procriação medicamente assistida,
o fim do divórcio litigioso, a lei da paridade; o aumento do salário
mínimo; o complemento solidário para idosos; a legalização de
milhares de cidadãos estrangeiros (por via de uma nova lei da nacionalidade); o
fim do divórcio litigioso; o aprofundamento dos direitos das uniões-de-facto; a valorização da escola pública, etc. Claro que em causa estão sobretudo diferenças em termos de política económica. A ela dedicarei o próximo post, assim aumentando de forma impressionante a média mensal de posts deste blogue.
17.12.13
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