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A FORMA JUSTA

31.10.14

Dia das bruxas verdadeiramente assustador

Máscaras de isildas pegados, césares das neves e josés antónios saraivas por toda a parte.
Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 13:53 Sem comentários:
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Halloween

Provincianismo: torcer o nariz ao halloween porque não é uma tradição portuguesa.
Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 13:52 Sem comentários:
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"Fuck Chicago" ou um filme sobre o que realmente importa

Acontece-me com frequência. Filmes, ou livros, relativamente aos quais a leitura que deles faço resulta clara e pouco ambígua. Há bons filmes nesta categoria. E muitos maus. Depois há outros, que fazem lembrar aquelas caricaturas que vistas de uma forma são uma coisa mas de pernas para o ar outra completamente diferente. É o caso de Locke, filme recomendado com entusiasmo por amigos, armadilha sempre perigosa por elevar as expetativas e, assim, a possível desilusão. Mas não foi o caso. Uma das leituras que fiz do filme:

Locke é um filme banal. Quer dizer, não é nada banal, é até muito bom, mas debruça-se sobre a banalidade da vida. Não que a vida seja banal no sentido de desinteressante. Antes pelo contrário. Porque uma vida banal é feita de imbanalidades. Como de erros banais, como uma infidelidade (confirmo-o nos livros, nos filmes, nas telenovelas). "Foi apenas desta vez", confessa Locke - o personagem principal - à mulher.

Locke, que dito em voz alta remete-nos para a ideia de prisão, de ficarmos presos aos nossos erros, às nossas ações, circunstância do homem moral. E que há uma forma moral de enfrentar os erros. É o que Locke pretende fazer, ao estar presente no nascimento do filho fruto daquela infidelidade. Para que não faça como o seu pai, que, em circunstâncias semelhantes, apenas se deu a conhecer quando Locke tinha 22 anos. Porque não se estará também sempre a tempo de corrigir os erros. "Mais valia que nunca tivesses aparecido", diz, a certa altura, Locke em voz alta, imaginando o pai sentado no banco detrás do carro, onde, aliás, toda a ação decorre (no carro, não especificamente no banco de trás; não é desses filmes). Presos aos nossos erros mas também aos dos nossos pais, que, de alguma forma, carregamos connosco.

Qualquer desvio à moral é tramado e pode ter consequências potencialmente devastadoras. Por mais pequeno que seja. Ou melhor, Locke sabe que não há desvios pequenos. Como lhe devolve a certa altura a mulher, a diferença entre não fazer (nunca) e fazer uma só vez é toda a diferença do mundo. Veja-se como Locke insiste, quase patologicamente, em cumprir o limite de velocidade na estrada, apesar de o seu mundo estar a desabar e estar atrasado para o nascimento do filho. No entanto, esta intransigência moral coexiste com uma enorme humanidade, aquela que permite um olhar compreensivo sobre os erros dos outros, desde que, no final de contas, o lastro deixado seja positivo. Uma espécie de tolerância devida aos bons.

O filme passa-se todo no carro, numa viagem de quase uma hora e meia (a mesma duração do filme), em que ficamos a conhecer, através dos telefonemas, da linguagem corporal de Locke e dos seus monologos, o drama em que este se encontra. Isto suscita uma reação curiosa por parte de quem fala do filme, apressando-se a explicar o feito, aparentemente surpreendente, de podermos ficar presos a um filme em tão monótono cenário. Mas, na verdade, isso tem pouco de extraordinário. O turbilhão que é a vida (isso: a morte, o amor, a família, as escolhas que fazemos, tudo o resto) acontece por regra nos mais entediantes cenários ou, pelo menos, os do nosso quotidiano, como uma banal viagem de carro. Não esperam, por norma, por uma visita a Paris ou Buenos Aires. 

É, enfim, um filme sobre as coisas que importam na vida, cuja síntese pode ser encontrada na resposta que Locke dá ao ex-patrão: "fuck Chicago".


Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 11:57 Sem comentários:
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30.10.14

Divertimento e horror

Noto com divertimento que alguns dos que me acusam de não ser recetivo à música que se faz hoje (ou nas últimas décadas) e de só ouvir música antiga, são os mesmos que se gabam de só ler autores clássicos, cultivando serena impermeabilidade às influências dos vivos. Também noto com horror a facilidade com que consigo notar com divertimento algo apenas poucos segundos depois de falar do Holocausto.
Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 12:25 Sem comentários:
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Já vi muita coisa sobre os campos de concentração alemães na II Guerra Mundial. Mas depois de ver este documentário (que passou há dias no Doc Lx), é impossível não pensar nele sempre que ouvir falar do Holocausto

Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 12:20 Sem comentários:
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8.10.14

Voto que é útil

"A única forma de um novo sujeito político à esquerda não ser prejudicado pelo voto útil é mostrando que está genuinamente disponível para governar – sob condição, claro – e que por isso o voto em si nunca será desperdiçado."

Pedro Nuno Santos, no I
Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 10:27 Sem comentários:
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3.10.14

Dioptrias ideológicas

A Economist é uma revista assumidamente alinhada com a direita neoliberal.  O que não impede que seja também uma boa revista. O que não impede, por sua vez, que, por vezes, sacrifique esta última em nome da primeira. Como neste texto surreal. De cegueira ideológica.

France

The last Valls

Manuel Valls heads the most reformist government France has seen for many years. But might the beneficiaries be Nicolas Sarkozy and Marine Le Pen?

Oct 4th 2014 | JOUY-EN-JOSAS AND PARIS | From the print edition




Continua aqui 


Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 11:26 Sem comentários:
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Das melhores coisas que esta democracia republicana nos deu foi ex-presidentes


Publicada por Tiago Tibúrcio à(s) 10:36 Sem comentários:
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