23.4.14

Sonhar (ou nem isso) acordado

Ver todos aqueles que se revêm no modelo de sociedade inspirado no 25 de Abril e na Constituição de 76 dar as mãos e descer a Avenida da Liberdade no dia em que se comemoram os 40 anos da Revolução. Juntos, em defesa deste autêntico mínimo denominador comum político-social que vigorou até 2011. Juntos, contra esta política insana que vem minando todos os fundamentos de uma sociedade mais justa e desenvolvida. Juntos, para mudar mesmo alguma coisa.

10.4.14

A justa remuneração dos anjos


Que a lei deve prever regras que salvaguardem a separação de poderes e a independência dos juízes, parece-me pacífico. 

Que para justificar este princípio incontroverso os juízes precisem de construir de si uma imagem de escol, roçando por vezes a messianização do seu papel, parece-me ridículo. 

Que achem justificável eximirem-se desta austeridade, invocando este seu estatuto, parece-me apenas grosseiro. 

Que a austeridade é insana, creio-o evidente. 

Que esta seja levada a cabo de forma iníqua, atingindo sistematicamente os mais desfavorecidos, torna-a ainda mais repugnável.

Isto a propósito deste texto: Os salários dos juízes, de Nuno Coelho.

A política, essa coisa blherc

Peticionários assumem que manifesto dos 74 “tem significado político”


Que título mais parvo. Então uma petição dirigida ao Parlamento, solicitando uma recomendação ao Governo, sobre um assunto que diz respeito a todos nós (os que estão e os que hão de vir) e ao modelo de sociedade que queremos, que depende de opções políticas, havia de ter um significado quê? Parece-me que o que foi admitido é que a petição não tem significado partidário, o que é muito diferente. A denegrição (figas para que exista) da política passa muito por isto.

3.4.14

"Quando a voz do dinheiro se faz ouvir tão alto, a dos cidadãos torna-se inaudível"

Mais uma francofilia, desta vez sobre os Estados Unidos e a deliberação do Supremo Tribunal de acabar com quaisquer limites às doações que os particulares podem fazer para as campanhas eleitorais. A supra cena é do juiz Stephen Breyer (que votou contra, naturalmente).

À lire: http://rue89.nouvelobs.com/2014/04/03/quand-cour-supreme-americaine-mine-democratie-251203

To read: http://www.huffingtonpost.com/2014/04/02/mccutcheon-v-fec_n_5076518.html

Fonte: palmada daqui

Voilà une idée qu'elle est bonne

"Moi ministre délégué au Numérique, j’exigerai que chacun de mes collègues qui propose qu’une autorité puisse couper l’accès à Internet à quelqu’un pour une raison ou un autre, j’exigerai que ce collègue soit privé d’Internet pendant une semaine."

Ici

1.4.14

“I’m very proud of not having a Ph.D. I think the Ph.D. system is an abomination. (...) People waste years of their lives"

You became a professor at Cornell without ever having received a Ph.D. You seem almost proud of that fact.

Oh, yes. I’m very proud of not having a Ph.D. I think the Ph.D. system is an abomination. It was invented as a system for educating German professors in the 19th century, and it works well under those conditions. It’s good for a very small number of people who are going to spend their lives being professors. But it has become now a kind of union card that you have to have in order to have a job, whether it’s being a professor or other things, and it’s quite inappropriate for that. It forces people to waste years and years of their lives sort of pretending to do research for which they’re not at all well-suited. In the end, they have this piece of paper which says they’re qualified, but it really doesn’t mean anything. The Ph.D. takes far too long and discourages women from becoming scientists, which I consider a great tragedy. So I have opposed it all my life without any success at all.

How is it that you were able to escape that requirement?

I was lucky because I got educated in World War II and everything was screwed up so that I could get through without a Ph.D. and finish up as a professor. Now that’s quite impossible. So, I’m very proud that I don’t have a Ph.D. and I raised six children and none of them has a Ph.D., so that’s my contribution.

(...)

Freeman Dyson, sobre o qual podem saber mais aqui (via o ainda muito espetacular Arts and Letters daily)

Corrente da sorte: se assinar e enviar esta petição a 10 pessoas nos próximos 30 minutos, pode ser que um dia venhamos a ter mais sorte

Petição “Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente”