Luís Fernando Veríssimo conta numa crónica a deliciosa história de uma mulher que, movendo-se num círculo de pessoas de razoável cultura, tinha o inconveniente de, quando falava, revelar, aos olhos daqueles, e de forma pungente, a sua ignorância. Foi então que passou a ficar silente, dizendo o menos possível o que lhe ia na cabeça, limitando-se a acenar, de forma cortês, aos que com ela privavam. Rapidamente passou a adquirir, perante os mesmos que a consideraram ignara, a aura de “alguém interessante”, cujo silêncio indiciava a existência de pensamentos fascinantes.
Ia jurar que esta história vinha a propósito de algo mas não estou bem a ver...
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