28.3.09

Mais uma inquietação democrática para a mesa 5, s.f.f


Tenho algumas dúvidas se é líquido dizer, como aqui, que, verdadeiro ou falso, isto seria investigado em qualquer país do mundo. Pelo menos em qualquer estado de direito do mundo. Também admito que o contrário não seja verdade. A única certeza que tenho é que nenhuma posição que se adopte sobre o assunto “é clara”, como parece pensar o Daniel Oliveira. Dos dois lados da balança (olha, outra vez a balança) desta questão existem princípios e direitos que devem ser assegurados. De um lado, a preservação do bom nome de José Sócrates, como qualquer cidadão, bem como a salvaguarda da idoneidade de qualquer investigação e da presunção de inocência; ainda deste lado da balança, a garantia que o chefe de Governo não é atingido por meios facilmente manipuláveis (duvido muito que um qualquer dvd ou cd onde se ouve uma voz a dizer que este ou aquele é corrupto ofereça garantias mínimas de veracidade). Do outro deste prato, um dos princípios estruturantes de uma sociedade livre, o da liberdade de informação. Algum destes princípios é mais importante? Não sei responder. O que temos assistido nestes últimos anos é que a tentativa de compatibilização destes princípios em conflito não se parece fazer sem que um – ou alguns - deles seja esmagado, o que é inaceitável. Como sobrepujar (a ah, Vital Moreira) este dilema, desconheço, mas como diria uma professora que tive em tempos, isto da democracia é algo que requer uma permanente aprendizagem.

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