“António Costa resolveu suicidar-se, marcando obras para o Terreiro do Paço em ano de autárquicas e apenas meses após as infindáveis obras do túnel do metro na praça terem chegado ao fim. Diariamente, do Marquês para baixo e da 24 de Julho a Santa Apolónia, milhares de automobilistas perdem horas e paciência a contornar o eterno estaleiro do Terreiro do Paço”.
“Na hora do voto, o que os lisboetas vão pensar é simples: este [Santana Lopes] sempre fez o túnel do Marquês; aquele não fez nada, senão acrescentar o caos.”
Portanto, destes excertos da crónica de Sousa Tavares (Expresso de sábado passado) devemos retiramos o seguinte:
1) Um presidente de câmara devia ajustar o timing das intervenções necessárias à cidade em função das eleições;
2) De pouco serve, por exemplo, a um presidente da câmara sanear as finanças do município, saldar uma parte da monumental dívida (herdada) aos fornecedores, regularizar a situação laboral de centenas de trabalhadores em situação precária ou ilegal, se não tiver pelo menos uma obra de betão (quanto maior, melhor) que possa ser usada pelos comentadores da praça para sintetizar o mandato. Infelizmente, o critério do betão parece ser o que ainda prevalece na avaliação que estes fazem dos mandatos políticos autárquicos.
10.3.09
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