1.3.09
PS e BE
Infelizmente, julgo que António Costa tem razão quando denuncia a falta de confiança que este BE inspira como potencial parceiro de coligação. Se a experiência na Câmara de Lisboa falhou, não vejo como é que, na actual conjuntura política, pode haver qualquer entendimento duradouro e de sucesso entre os dois partidos. Isto porque o entendimento que havia em Lisboa parecia, a todos os níveis, vantajoso para o BE. Mais, no pouco tempo que durou, parte das medidas lançadas foram da área do seu vereador, Sá Fernandes. Apesar disto, o BE preferiu, ao romper com o entendimento que tinha com o PS para Lisboa, desbaratar este capital político, que podia, legitimamente, reclamar como também seu. Ao invés, optou por trilhar a via do tacticismo com vista ao combate eleitoral de 2009. Ora, se é legítima esta escolha, é também ela que dá razão a António Costa, quando diz que «o Bloco de Esquerda é completamente alérgico a assumir qualquer responsabilidade e riscos de governação". Para quem tantas vezes acusa o PS e o primeiro-ministro de arrogância, esta absoluta falta de resiliência política, esta incapacidade de tolerar a mínima das contrariedades em relação aos compromissos assumidos, é, para mim, a suprema das arrogâncias em política.
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