O DN de hoje recorda-nos um momento de bom vernáculo parlamentar entre o então deputado Francisco Sousa Tavares e Jerónimo de Sousa, na altura em que este ainda era um “badameco” (DAR 1190, I SÉRIE – N.º 54, de 18-02-1982), decorria o ano de 1982. Disse Sousa Tavares, em reacção a expressões do deputado comunista que considerou ofensivas: “Olhe, vá à merda! Idiota! Mandrião! Vá trabalhar, que foi aquilo que nunca fez na vida! Calaceiro!". Uma pesquisa pelo termo “merda” no Diário da Assembleia da República permite-nos uma descoberta interessante: aparentemente, apenas na I e na II legislaturas (i.e, de 1976 a 1983) esse termo foi usado, ainda que com moderação (uma vez na I e três vezes na II Legislatura – duas por Sousa Tavares e uma por Mário Tomé). Face a isto, hesito entre duas conclusões: ou os nossos deputados ficaram, como alguns diriam, mais educados ou os diaristas do Parlamento ficaram mais puritanos.
adenda: palhaço, idiota e imbecil, adjectivos bastante populares nos anos 80, têm hoje bastante menos sáída.
8.4.09
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