Mudar de opinião até que é uma coisa saudável, tanto para os homens e mulheres, como para os partidos. Isso não significa que qualquer mudança de opinião seja de saudar. Há, por exemplo, aquelas pessoas que têm o irritante hábito de começar uma conversa a defender uma posição e a meio já estão a dizer o oposto, como se sempre o tivessem feito. Ora, não chegando a este ponto, intriga-me este hábito que o PSD tem vindo a consolidar no que toca a algumas das suas votações no Parlamento, nomeadamente de iniciativas legislativas fundamentais para a democracia portuguesa, como é o caso do financiamento partidário. Num momento o PSD está a votar a iniciativa num determinado sentido, uns dias depois já está a recuar e a querer mexer no seu articulado. Foi também o que aconteceu com a votação do estatuto político-administrativo dos Açores, onde o mesmo PSD que votou favoravelmente o diploma já estava, uns dias passados e perante as críticas do Presidente, a questionar as escolhas feitas. Supondo que o sentido de voto do partido liderado por Ferreira Leite não é fruto do acaso mas sim de reflexão e ponderação, espantam-me estas tergiversações quando chega o momento de, face às críticas, fundamentar as suas escolhas.
8.5.09
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