Nunca é por acaso. De "1984", o que mais me marcou foi a captura que o Estado fez do espaço privado. As habitações, vigiadas por câmaras, não permitiam que o indivíduo fizesse o que quer que seja sem o conhecimento das autoridades. Lembro-me que, a dada altura, o protagonista encontrou um lugar em casa, um certo ângulo que julgou morto para as câmaras e que estaria fora do seu alcance. Ficou imensamente feliz. Por vezes, sinto que temos de procurar os ângulos da nossa intimidade onde podemos ser felizes (a frase saiu abimbalhada mas a ideia não é má; a sério).
21.1.10
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