12.1.10

Também quero dizer algo sobre o Éric Rohmer


Também eu só consegui ver o "Conto de Verão" e "A Princesa e o Duque" no Cinema. Esperem, também acho que vi o "Conto de Outono". Sim, vi. E "Les Rendez-vous de Paris" e o fascinante "Agente Triplo". Bolas, sou quase um rohmerista, De todos gostei. Muito. Tal como o maradona, nem sempre sabendo explicar porquê. Na realidade, isto de gostar de coisas sem saber porquê acontece-me mais frequentemente do que seria de esperar. Na realidade 2, isto também me acontece com as pessoas. Rohmer. Foi o realizador idoso (refiro-me à fase dos filmes supra acima referidos) que mais me tocou. Ou se calhar é preciso ser idoso para filmar a juventude daquela maneira. Nunca vi "Ma nuit chez Maud" mas penso que ainda sobrevive lá em casa uma cassete VHS com o filme. De "A Princesa e o Duque" li, uma vez, que um dia todos os filmes seriam realizados assim. Um exagero notório. Que eu me lembre (se bem "que eu me lembre" não seja um critério minimamente válido, pois actualmente vou tantas vezes ao cinema como ao dentista), nenhum outro filme desde então usou aquela técnica, que parecia inventar uma nova arte entre o cinema e a pintura. O último que vi foi o "Agent triple" (dizer em voz alta, sem carregar no "érre", uma delícia), fascinante exercício de duplicidade e ambiguidade em torno da figura de um espião, da sua mulher e dos seus vizinhos, num triângulo que mistura soviéticos, nazis e comunistas franceses. A seguir ao "Conto de Verão", é o meu preferido.

3 comentários:

LT disse...

os classicos 'La nuit de la pleine lune' et 'Le genou de Claire' sao absolutamente magnificos...

Tiago Tibúrcio disse...

Também tenho "Le genou de Claire" em casa". Acho que tenho programa para o próximo fim-de-semana.

A.R. disse...

Partilhamos esse gosto. Já agora vê Les Amours d'Astrée et de Céladon. Só alguém com muitos anos, com muita vida, o poderia filmar deliciosamente (creio que este será o advérbio exacto) sem cair no ridículo.