"(...) Dispensemos a discussão sobre que sentido faz pedir isso a um comentador político. O certo é que, mesmo tratando-se de conhecer o ponto de vista do questionado, o discurso está marcado por uma falácia: pressupõe que um ponto de vista (neste caso, sobre a conjuntura política) tem como ponto de fuga uma dicotomia simplista a que, supostamente, todos iremos aquiescer."
"O que é que esta postura televisiva recalca? Três coisas, pelo menos:
1 – os factos são matéria de conhecimento, logo de interpretação, não de razão;
2 – a razão é uma dimensão que só pode nascer de um gigantesco e nunca acabado labor (séculos de filosofia convocam-nos para tal), não da iluminação privilegiada seja de quem for;
3 – a política vive-se na tensão permanente entre diversas razões, tensão potencialmente frutuosa."
João Lopes, Sound + Vision
9.2.10
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