17.5.10
A Bruna, eu, e toda a gente
E se a professora dos meus filhos fosse cientologista, ou, nos seus tempos livres, também fosse taróloga, astróloga ou apenas Olga? Se confessasse ir à bruxa e cantasse o fado? Se fosse uma estrela da música pimba? Se tivesse votado em Salazar como o melhor português do século XX? Se, se, se... Se eu tivesse alguma coisa a ver com isso também queria esta professora longe dos meus filhos. Mas não tenho. Não preciso, para isso, de dizer que adoro a ideia de a professora dos meus filhos se despir para as revistas. Tenho muitos pudores e este será um deles. Coisa diferente é achar que, apesar do meu desagrado, este é o preço que pagamos para sermos livres. A Bruna, eu, e toda a gente.
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