"Processos contra jornais estão a aumentar e a classe política é a principal queixosa", noticia o "Público". Vale, no entanto, a pena ler a notícia toda, para se compreender exactamente do que se está a falar. Um excerto:
"O que pode explicar este aumento dos processos contra os jornais? A partir das entrevistas realizadas aos advogados que representam os vários grupos de media, Cláudia Araújo enumera várias razões: a forte concorrência entre jornais, tornando o jornalismo mais agressivo; a mediatização da justiça; e o aparecimento em toda a imprensa generalista de revistas/cadernos tipo cor-de-rosa. ".
O título parece ser rigoroso relativamente aos dados apresentados na peça. Mas desta escolha pode resultar uma mensagem enviesada da realidade. O título sugere uma leitura ao nível da retaliação e da perseguição dos políticos em relação aos media, o que não parece coincidir minimamente com o conteúdo da notícia. Seria diferente se o título incluísse (como diz o texto) que "os jornais ditos tablóides são os que contabilizam maior número de processos" ou que, no que diz respeito aos acusadores, "a classe política, os empresários e as personalidades públicas são aqueles que instauram mais processos à imprensa".
Infelizmente, não é difícil imaginar como é que o oportunismo político e populista irá usar este título no futuro.
30.6.10
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