21.1.11

Gente como nós

Li-a apenas por insistência de um amigo. E ainda bem. Esta entrevista ao ex-inspector da Polícia Judiciária António Teixeira. Dele, apenas conheço o que aqui li mas creio que me reconforta pensar que temos pessoas assim na investigação criminal. Assim tão humanas, quero eu dizer.

"Nem gosto de usar a expressão "matar". Farto-me de dizer isto: o matar é um acto que acontece por força das circunstâncias. É um acto humano, quer queiramos, quer não. Todos somos capazes de matar em determinadas circunstâncias, quanto mais não seja para defender alguém ou a nós próprios. Se me disserem que para ser burlão é preciso ter jeito, admito que sim. Mas matar não é uma questão de jeito. A maior parte dos homicidas mata num momento de arrebatamento, não o premedita. Logo os outros nunca o poderiam prever. Estamos a falar do crime mais grave do nosso ordenamento jurídico mas, curiosamente, vamos às cadeias e estes homicidas são presos exemplares. Esgotaram tudo naquele acto.".

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