8.2.11

Porque se deve levar a sério a ameaça de moção de censura do PCP

É o que explica aqui, de forma cristalina, Paulo Pedroso. Os seis pontos deste texto são, aliás, uma síntese de quase tudo o que importa saber sobre o que faz correr o PCP. Em 2011. Tal como em 1975. And in between.

3 comentários:

ARV disse...

Pois, mas... não será à espera dessa moção que estão os dirigentes sociais-democratas? E até muito do eleitorado volátil? Afinal, não foi o PSD quem perdeu a maioria absoluta.. e já se percebeu que o eleitorado não vai na cantiga da crise (apesar da memória curta, evidentemente..). O PSD não quer ser parte do problema, como dizia o Relvas. Mas ser parte da solução também pode passar pela interpretação de que é a própria esquerda quem «deseja» o governo de direita. Porque é esse o sinal que o PCP ou outro dará ao PSD, tal como, aí sim, bem assinalou o Pedroso.
Um abraço

ARV disse...

Entretanto, Pedroso também pode começar a escrever as suas teses sobre as ameaças de moções de censura de bloquistas e democratas-cristãos..

Tiago Tibúrcio disse...

Alexandre,

Com tanta tese sobre a gemoetria de interesses de cada partido esquecemo-nos de analisar qual o interesse do país nisto tudo. as eleições são uma coisa maravilhosa mas não as acho desejáveis ao ritmo anual ou algo parecido. A legitimidade de apresentação de moção não está sequer em discussão mas o timing é, no actual contexto, criticável e com graves conseuências para a estabilidade financeira e orçamental do país, creio.

O maior drama da nossa democracia e que inquina muito do que alguém de esquerda pensa sobre estas coisas é a incapacidade de as esquerdas conversarem e entenderem-se. A consequência é que ou governa o PS sozinho (com maioria absoluta ou sozinho) ou PS+direita ou apenas a direita (psde ou psd+cds). Perante esta fatalidade (para a qual esta moção de censura é apenas mais um contributo), qualquer eleição será entre renovar o governo PS ou entregá-lo à direita. Se a esquerda mais à esquerda vive bem com isto, desperdiçando a única possibilidade real que tem de influenciar as políticas da governação, só posso lamentá-lo.



ps: quase não te reconhecia na fotografia (estás na praia?)