11.3.11

Quem põe o dedo no ar?

A propósito deste texto de Rui Herbon no Jugular, alguém devia lançar o seguinte repto (pelos vistos é o que estou a fazer) aos jovens que se revêem nas reivindicações da "geração à rasca" (bolas, por muito que não me identifique com eles, mereciam um epíteto com outra dignidade, vá, com mais estilo): quem teve uma vida mais difícil do que a dos seus pais ponha o dedo no ar. Intuo que sobrariam menos do que os necessários para encher um autocarro. Olho à minha volta e dificilmente encontro, de entre os meus conhecidos e amigos, quem tenha razões para desejar trocar percursos de vida com os seus pais. Claro que isto do meu universo de amigos e conhecidos vale o que vale e, em bom rigor, não deslegitima as suas reivindicações e aspirações. No entanto, retira-a do absurdo guarda-chuva do confronto geracional. Ideia perigosa.

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