1.6.11

Do esforço contínuo que, como dizia (acho que) Mark Twain, temos de fazer para ver aquilo que está mesmo à frente do nosso nariz

'O Governo do PS pôs em causa a normalidade democrática ao deixar o Estado sem dinheiro para assegurar as funções básicas'
Pedro Passos Coelho, no Twitter

O líder do PSD regressa ao tema do 'só havia dinheiro até ao final de Maio', que, para alguns, é prova de qualquer coisa terrível sobre este governo. Ora, o 'não haver dinheiro', anunciado por Teixeira dos Santos, resultou, apenas e só, de que, a partir do momento em que o PEC IV foi chumbado, Portugal ficou de fora dos mercados de divida. É só isto. Qualquer país que tenha necessidades de financiamento líquidas fica 'sem dinheiro para assegurar as funções básicas' se lhe acontecer o mesmo. Sem que isto nos permita fazer qualquer juízo (negativo ou positivo) sobre o comportamento desse mesmo governo.

Da desinformacão, João Galamba

2 comentários:

Anónimo disse...

"Esperto é o homem que acredita em apenas metade do que lhe dizem. Genial é o homem que sabe em que metade acreditar."

Anónimo disse...

(Já estamos noutra fase, mas ainda assim cá vai)
Faltam nesta análise várias partes que se calhar também somam uma metade, a saber:
1) O orçamento do PS para 2011 já assentava no PEC I, PEC II e PEC III.
2) O PEC IV era um pacote para o triénio 2012/2014, não era para 2011.
3) Tinha uma pequena correção ao orçamento de 2011 (0,8% do PIB), que mesmo assim era para aplicar ao longo de todo o ano e não pontualmente no mês de aprovação.

Não é possivel compreender que 3 semanas depois do chumbo do PEC IV, a 12 de Abril, o ministro viesse anunciar que não havia dinheiro para chegar ao final do primeiro semestre.

Ou as contas andavam mal feitas ou já se estava em campanha e era preciso aproveitar todos os tempos de antena.