5.11.14

Sob o véu da independência, este discurso é profundamente anti-democrático, por recusar o que está no centro da democracia: que o poder resulta de escolhas, legitimadas pela maioria dos cidadãos. Governos de filósofos (mesmo que pós-graduados em contabilidade), únicos detentores da razão, ofendem a democracia. E por se insinuar como o contrário, é preciso denunciá-lo (eu sei, há senhores que ocupam certos órgãos de soberania que também se acham detentores da verdade; esses não ofendem menos)


"Se aparecer um projeto independente, com pessoas credíveis do ponto de vista técnico, e com vontade de governar olhando ao interesse do país e não olhando a ideologias e se me disserem 'precisamos de ti', no futuro poderei pensar duas vezes e dizer 'sim, senhor'. Mas nunca nesta conjuntura político-partidária e nunca em algum dos partidos atuais".  

Sem papas na língua, José Gomes Ferreira admite, em entrevista ao jornal "i" desta quarta-feira, poder vir a participar num projeto político independente, mesmo garantindo estar sobretudo interessado em continuar a ser jornalista e escrever livros.

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