Já tive oportunidade de explanar neste blog, com acutilância e
pertinência (confiem em mim), o que penso sobre a questão do enriquecimento ilícito. Mas uma
coisa leva a outra e assalta-me uma questão. Não é tanto imaginar-me a ter de
justificar onde gastei o meu dinheiro no último mês, no último ano, no
último.... Não saberia fazê-lo mas, em última instância, arriscaria dizer que
grande parte vai para cajus, o que não andaria longe da verdade. Já se me
obrigassem a justificar o que faço com o meu tempo, a inversão do ónus da prova
tramar-me-ia na certa. Na ausência de uma explicação, presumir-se-ia que tinha
andado a fazer malvadezas. Não raro, passo o dia em casa e trabalhar e no final
tenho pouco ou nada para mostrar. "Que estiveste a fazer o dia
todo?", perguntam-me, não sem razão. Não sei explicá-lo e, nas distopias
que nos propõem, estaria certamente a caminho do xilindró. Por desperdiçamento
ilícito.
1.12.14
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