15.4.15

Não há democracia sem promessas eleitorais

Detenho-me neste título da crónica de José Manuel Fernandes. O que, deve dizer-se, é muito mais do que estou normalmente disposto a ler de José Manuel Fernandes. O título: "Os políticos deviam ser proibidos de fazer promessas". Ora, as promessas são essenciais para o escrutínio dos políticos. Desejavelmente, aspiramos a políticos que cumpram o máximo de compromissos eleitorais. Mas a ausência de promessas inviabiliza uma parte fundamental do controlo democrático, através do qual os políticos são chamados a justificarem as suas opções, nomeadamente quando se desviam dos compromissos eleitorais. O controlo e o debate sobre o (in)cumprimento das promessas constituem, assim, uma forma fundamental de realização da democracia pelos cidadãos. 

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