26.5.09

Eleições europeias: aprender com os outros

"Ontem, durante uma visita à Academia Portuguesa de História, o Presidente da República pediu aos partidos uma campanha «serena, esclarecedora e que mobilize os portugueses» para as eleições europeias. Sampaio não diria melhor. Do ponto de vista da serenidade, a dormência é de regra. Do lado do esclarecimento, como sempre, zero. As pessoas, a larga maioria das pessoas, não faz a mínima ideia das competências do Parlamento Europeu. Os partidos perdem pouco tempo com tais minudências. Talvez fosse mais útil Cavaco apelar directamente ao sentido cívico da Comissão Nacional de Eleições para que esta promova a difusão, nas rádios e televisões, de spots publicitários, curtos e objectivos, com informação concreta sobre em que medida a Europa interfere com o nosso quotidiano. De outro modo, ninguém percebe o que está em jogo. E metade do país vai mandar o escrutínio às urtigas." Eduardo Pitta, Da Literatura.

Como também já tentei defender aqui, os partidos deveriam ser, assim, os primeiros a querer tornar a mensagem eleitoral mais simples para o eleitorado. E simplicidade não significa tratar com superficialidade as matérias em causa, como demonstra exemplarmente o texto de Miguel Poiares Maduro a que se faz referência no post anterior.

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