14.4.11
Elogio do elogio do confronto
Concordo tanto contigo. Mas depois reconforto-me no facto de haver uma escola, num cantinho desta cidade, onde as crianças resolvem desde os três anos os seus problemas por meio de críticas e da discussão gerada a partir desta. A crítica como momento nobre (blherc!), solene, que pode intimidar um pouco mas que convida à reflexão e à superação. Valorizar o papel da crítica, conferindo-lhe dignidade. Agora tenho um pouco de vergonha mas acho que foi mais ou menos isto que, de forma inconsciente, pensei que estavam a fazer. E foi isto que pensei, porque sou parvo. Reunião de pais há coisa de duas semanas. Só aí percebi (quer dizer, quase que foi explicado) que a crítica era um momento banal da convivência entre aquelas pessoas (crianças e professores). Fundamental mas normal. No big deal. Uma pedagogia da crítica e do debate. Uma pedagogia do confronto. Pedagogia, enfim, da convivência democrática. É isso que a minha filha está a aprender na escola, a aprender a democracia.
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