18.11.15

É como as alfaces. Quanto mais frescas, melhores. (eu não escrevi isto).

Que o Presidente da República representa um contraponto de legitimidade democrática à igualmente democrática legitmidade do parlamento é indisputável. Um e outro recebem diretamente dos cidadãos a confiança para o exercício de funções. Que estas legitimidades podem chocar é da natureza do sistema semi-presidencial. Que não é indiferente o momento em que se recebeu essa confiança é algo que parece ser confirmado pelo bom senso (não resisti), pela prática dos sistemas análogos e, diria, pela própria Constituição (quando, por exemplo, retira ao Presidente o poder de dissolução do parlamento no último semestre do seu mandato). 

Que o Presidente da República se considere autorizado para, a escassos meses do fim do seu mandato, disputar um braço de ferro desta magnitude com a recém legitimada maioria parlamentar como se tivesse sido eleito ontem é também um sinal de dessintonia deste presidente. Com os portugueses e com o seu papel no sistema político.

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